O PS vai levar a votos, já na próxima sexta-feira, o texto que durante mais de dois anos foi trabalhado com o PSD, na comissão parlamentar de Saúde, sobre a maternidade de substituição, as chamadas “barrigas de aluguer”.
A bancada social-democrata acabou por deixar cair a proposta por considerar que não era oportuno legislar sobre a matéria, tendo em conta as muitas dúvidas e o desconforto causado entre os deputados.
O PS assume, agora, o texto final do grupo de trabalho e vai forçar a votação. O chumbo é garantido, mas os socialistas explicam que querem confrontar o PSD com a quebra de expectativas causada por esta decisão.
Já esta quarta-feira, PS e Bloco de Esquerda (BE) trazem ao debate outros dois projectos relacionados com a procriação medicamente assistida (PMA), com o objectivo de eliminar restrições e alargar o acesso a todas as mulheres, independentemente do estado civil ou da orientação sexual.
Também neste caso, os projectos da oposição devem ser chumbados. A maioria dos deputados do PSD é contra e o CDS há muito que ficou fora desta discussão.