Os sacos plásticos para o pão, fruta ou legumes - habitualmente designados por "sacos plásticos ultraleves" - vão passar a ser pagos.
Francisco Ferreira da associação Zero, aplaude a decisão, mas diz não entender a demora do governo em avançar com a taxação dos sacos plásticos ultraleves.
“Está a tardar”, atira o ambientalista, defendendo a urgência na aplicação da medida junto dos consumidores.
“Realmente, esse é o nosso desespero: ver as medidas no terreno que são fundamentais e que tiveram muito tempo de decisão”, lamenta.
Para Francisco Ferreira, a cobrança de uma taxa pelo uso de sacos ultraleves “é uma alternativa mais próxima dos consumidores” do que a total proibição, opção que chegou a ser equacionada pelo governo e que “não deixa de ser demasiado dramático em termos operacionais”.
O governo, inicialmente, previa a proibição da dispensa destes sacos plásticos a partir de junho, mas recuou na medida devido a dificuldades de operacionalização da medida.
Segundo avança o Jornal de Notícias, em vez da eliminação, vai ser aplicada uma taxa, mas, ainda, não se sabe quando é que esse valor passará a ser cobrado pelos supermercados.
Já sobre a atual cobrança pela dispensa dos sacos plásticos no comercio, Francisco Ferreira destaca o impacto positivo da medida na mudança de comportamento.
“Tivemos realmente uma enorme mudança a partir da aplicação de uma taxa. Neste momento, as pessoas usam os sacos reutilizáveis. Não houve uma proibição e efetivamente funcionou”, sublinha.
“Cada vez mais achamos que tem de ser através de ir ao bolso que faz a diferença entre os comportamentos ambientais”, remata.
Os sacos plásticos já são taxados nos supermercados desde 2015. O governo prepara-se para cobrar a despensa de sacos plásticos ultraleves usados para o pão, fruta e legumes.