Nunca como agora Portugal importou tanta energia elétrica, com o mês de maio a registar o valor mais alto de sempre. Os dados são avançados esta sexta-feira pela REN - Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros cinco meses do ano foram importados 4.402 GWh (gigawatt), o que compara com os 4.203 GWh registados no mesmo período de 2008, o anterior recorde.
No acumulado do ano, o consumo de energia elétrica cresceu 2,7%, ou 3% com correção da temperatura e dias úteis.
A produção renovável abasteceu 49% do consumo de energia elétrica, entre janeiro e maio.
A eólica foi a que mais contribuiu, com 26%, a hidroelétrica representou 12% do consumo, a biomassa 7% e a fotovoltaica 5%.
A produção a gás natural abasteceu 30% do consumo, com os restantes 21% a corresponderem ao saldo importador.
Há mais consumo de eletricidade
Em maio manteve-se a tendência de crescimento do consumo de energia elétrica, com uma variação mensal homóloga de 2,9%, ou de 1,9%, com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
Nas fontes renováveis, destaque para o regime hidroelétrico, que se manteve seco, o regime eólico também apresentou valores abaixo da média histórica.
Apenas o regime fotovoltaico ficou acima dos valores médios.
Contas feitas, em maio, a produção renovável abasteceu 45% do consumo, a não renovável 33%, e os restantes 22% corresponderam a energia importada.
Consumo de gás para produzir energia
O mercado de gás natural cresceu, em maio, 3,2%, mas apenas graças ao consumo para produção de energia elétrica, onde aumentou 70% em comparação homóloga. No mercado convencional este consumo caiu 22%.
O abastecimento de gás natural foi feito exclusivamente a partir do terminal de GNL (gás natural liquefeito) de Sines e as exportações mantêm-se através da interligação com Espanha, que este mês representam cerca de 16% do consumo nacional.
Nos primeiros cinco meses do ano, o consumo de gás natural manteve-se em linha com o ano anterior, com um crescimento de 0,2%.
Mas este número inclui “uma quebra de 23% no segmento convencional e um crescimento de 67% no segmento de produção de energia elétrica”, refere o comunicado da REN.