O Irão "protestou veementemente" com a Inglaterra depois de Londres ter manifestado a sua concordância com os Estados Unidos sobre a responsabilidade iraniana no ataque a dois petroleiros no Golfo de Omã.
Segundo uma notícia da agência noticiosa AP, que cita a agência iraniana IRNA, o Irão convocou o embaixador britânico em Teerão, para lhe expressar o seu descontentamento com esta tomada de posição.
A IRNA escreve que o diplomata iraniano Mahmoud Barimani reuniu-se com o embaixador britânico Robert Macaire, com o qual "protestou fortemente" contra a "perseguição cega e apressada" dos Estados Unidos em acusarem o Irão pelos ataques aos navios.
Teerão pediu também uma "correção" da posição da Grã-Bretanha face ao ocorrido.
O Ministério das Relações Exteriores britânico declarou, em comunicado, que "é quase certo que um ramo das Forças Armadas iranianas", a Guarda Revolucionária Islâmica, atacou os petroleiros na quinta-feira.
Após o ataque aos dois navios, que foram socorridos pela Marinha norte-americana, os EUA imediatamente culparam o Irão pela agressão, apesar de Teerão ter declarado não estar envolvido e acusar Washington de uma "campanha iranofóbica".
Na quinta-feira, um petroleiro norueguês e outro japonês foram atacados quando navegavam no Golfo de Omã, junto ao Estreito de Ormuz, ao largo do Irão.
O incidente acentuou a tensão entre os dois países, depois de os Estados Unidos terem anunciado a saída do acordo nuclear de 2015 e a aplicação de sanções ao Irão.