A voz de Mariza vai regressar aos palcos. “Há Fado no Cais” leva a fadista ao Grande Auditório do CCB já no próximo dia 5 de junho, um sábado com concerto marcado para as 19h00, mas para o qual há também bilhetes para a transmissão online, às 21h30.
Mariza completou os 20 anos de carreira num ano afetado pela pandemia. Sem poder celebrar esse momento, diz que sente a saudade de estar em palco e ouvir os aplausos. E “do carinho”.
A saudade está em vários fados que Mariza vai levar ao público num espetáculo em que estará presente o seu mais recente disco de homenagem a Amália Rodrigues, mas também alguns dos seus êxitos incontornáveis desta carreira de 20 anos.
Mariza assegura que haverá surpresas no alinhamento do espetáculo. Tudo depende do que estiver “a sentir em cima do palco”.
“Daí os meus concertos serem muito movíveis. A qualquer momento, pode-se trocar o alinhamento”, afirma à Renascença.
Com os seus músicos de sempre, Mariza mostra-se satisfeita por regressar ao palco do Grande Auditório, um dos maiores que primeiro pisou.
Mariza está expetante para ver como reage o público, se a máscara não vai impedir quem está na plateia de cantar, como acontece em espetáculos por todo o mundo.
É a música clássica um bicho papão?
“Guias de Audição (Rasgão ou Continuidade)” vão provar que não. Qualquer pessoa mesmo sem formação musical poderá sentar-se a assistir ao ciclo de sessões que vão ajudar a desmistificar a música clássica, às quartas-feiras, até 30 de junho, sempre às 18h30.
Vítor Moura e o pianista Nuno Vieira de Almeida prepararam-se um ciclo de conversas para provar que a música clássica não é uma grande seca. O pianista diz que o motivou o facto de a educação musical não ser forte no nosso país.
“Queremos suscitar a curiosidade do público” e mostrar “coisas novas”, diz Nuno Vieira de Almeida. Strauss, Schubert e Wagner são alguns dos compositores eleitos.
O ciclo começa no dia 2 e vai decorrer na Sala Ribeiro da Fonte.
Quando a ópera e o jazz se abraçam
Na quinta-feira, dia 3 de junho, às 19h00, poderá ouvir no Grande Auditório o italiano Paolo Fresu.
O trompetista apresenta-se com Paolo Silvestri e a Orquestra Jazz do Mediterrâneo num concerto em que o trompete promete tornar-se voz – por exemplo, na de Maria Callas, nalgumas das árias interpretadas.
Este é um concerto em que o mundo da ópera se cruza com o jazz, numa revisitação, em versão instrumental, de algumas das árias de Norma, de Vincenzo Bellini.
Salvador Sobral apresenta novo álbum
O músico sobe ao palco do Grande Auditório do CCB em 25 de junho para apresentar o seu mais recente disco.
“Bpm” é um álbum com 14 canções, um dos trabalhos mais pessoais de Salvador Sobral, que assina a composição das músicas.
Esgotado em sala, o concerto poderá ser visto via streaming.
A felicidade é possível?
Quantas vezes já se interrogou sobre isso? A peça de teatro “A Circularidade do Quadrado” tentar encontrar resposta a esta pergunta enigmática.
É levada à cena pelos Artistas Unidos e cruza várias histórias, sem rodeios. Foi escrita pelo dramaturgo grego Dimítris Dimitriádis e tem Jorge Silva Melo como encenador.
“Estamos num teatro sem rodeios” com um casal e mais histórias que se cruzam, descreve Jorge Silva Melo. Em palco, 11 atores.
Os Artistas Unidos têm vindo a trabalhar os textos deste dramaturgo grego contemporâneo e o encenador mostra-se pelo resultado.
“A Circularidade do Quadrado” já foi apresentada em Portugal, na Gulbenkian, por uma companhia estrangeira. Agora, é a primeira vez que é representada por uma companhia portuguesa e em português.
Este “cubo mágico” é levado ao palco do Pequeno Auditório nos dias 17, 18 e 19 junho, às 19h00, e no dia 20, às 16h00.
Companhia Maior mostra “Natureza Fantasma”
A provar que não há idade para se ser artista, a Companhia Maior regressa ao Centro Cultural de Belém, este ano com um espetáculo diferente: uma instalação.
O criador convidado para trabalhar com a Companhia Maior é o realizador Marco Martins. A ele juntaram-se a artista plástica Fernanda Fragateiro e o escritor Gonçalo M. Tavares.
Baseada nas imagens e memórias de infância dos artistas da Companhia Maior, “Natureza Fantasma” é a instalação possível de apresentar dado o contexto de pandemia, a ver no Módulo 3 da Garagem do CCB entre 24 de junho a 16 de julho.
Conversas com História
A proposta é escutar a voz e a opinião de um dos maiores especialistas na área da brincadeira, dos jogos e da sua importância para as crianças.
No domingo, dia 20, pelas 11h30, a historiadora Raquel Varela convida Carlos Neto para as Conversas com História. O professor Catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa considera que deixar as crianças subir às árvores e mexer em terra e lama as ajuda a desenvolverem-se de forma saudável.
Depois Não Diga Que Não Sabia o que poderia fazer em junho.