Os líderes europeus, reunidos em Bruxelas, chegaram a um acordo ao início da manhã para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 55% até 2030, em relação aos níveis de 1990.
O acordo foi anunciado pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, após um longo debate que se prolongou durante a madrugada.
"A Europa é líder na luta contra as alterações climáticas. Decidimos reduzir as nossas emissões de gases com efeito de estufa pelo menos 55% até 2030", escreveu na rede social Twitter.
O Conselho Europeu já se tinha comprometido, em dezembro de 2019, em atingir a neutralidade climática até 2050, tendo a Polónia - com mais de 75% da sua economia e cerca de 80.000 mineiros dependentes da indústria do carvão - recusado assinar a declaração, na altura.
Os líderes dos 27 mantinham-se, no entanto, reticentes em aceitar a nova proposta da Comissão de reduzir as emissões em 55% até 2030, substituindo a meta anteriormente estipulada na lei Europeia do Clima que previa um corte de 40% das emissões.
Já o Parlamento Europeu (PE) aumentou as ambições da Comissão, pedindo um corte de 60% das emissões em 2030 na sessão plenária de outubro, tendo os eurodeputados referido que é a única maneira de a UE "estar em linha com a ciência".
Com a adoção da proposta para um novo objetivo climático, os líderes dos 27 prosseguem agora os trabalhos para concluir a cimeira do Euro, em formato inclusivo, isto é com a presença dos países que ainda não aderiram à moeda única.
Na agenda dos trabalhos desta está ainda a questão do Brexit, depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, terem acordado em manter as negociações para um futuro acordo comercial até domingo.