A Casa Branca defende a aplicação do decreto de Donald Trump anti-imigração que desde sexta-feira levou à detenção de 109 pessoas nas fronteiras e impediu cerca de 200 de voarem para os Estados Unidos.
A ordem executiva assinada pelo Presidente norte-americano na sexta-feira proíbe a entrada a todos os refugiados durante 120 dias, assim como a todos os cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Síria, Líbia, Sudão, Irão, Iraque, Somália e Iémen) durante 90 dias.
Os cidadãos daqueles sete países que possuem uma autorização de residência permanente ('green card') nos Estados Unidos "não são afectados", disse ao canal NBC o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, adiantando, no entanto, que poderão ser questionados aprofundadamente à sua chegada ao país.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, indicou que dos 325 mil estrangeiros que chegaram aos Estados Unidos no sábado "109 pessoas" passaram por um controlo reforçado. Para "garantir que as pessoas que deixamos entrar no nosso país vêm com intenções pacíficas", declarou hoje ao canal ABC.
"Não queremos deixar que se infiltre alguém que procure prejudicar-nos. É tudo. Sei que em alguns casos isto vai causar inconvenientes", adiantou.
Cerca de 200 outras pessoas foram impedidas de embarcar para os Estados Unidos, segundo disse a conselheira de Donald Trump Kellyanne Conway num programa do canal Fox News.
Sean Spicer justificou a ausência de um anúncio prévio que conduziu a uma situação caótica nos aeroportos, em particular em Nova Iorque, pela necessidade de "garantir que as pessoas não chegassem em massa antes de ser aplicado (o decreto)".
Segundo o jornal New York Times, no sábado à noite 81 pessoas tinham obtido autorização para entrar nos Estados Unidos após as "verificações extremas".