O primeiro-ministro, António Costa, garantiu esta terça-feira que não vai haver orçamento retificativo, porque há eleições no próximo ano e porque os partidos da coligação não vão querer pôr em causa a atual solução governativa em vésperas da ida às urnas, pelo que afasta uma governação na companhia do PSD.
No encerramento das jornadas parlamentares do Partido Socialista (PS), António Costa sublinhou esta tarde que o Orçamento do Estado para 2019 vai ser aprovado, por mais difíceis que as negociações venham a ser, e disse acreditar que não é por ser ano de eleições que se vai sacrificar a boa governação em prol do eleitoralismo.
"Não vi até agora nenhum Orçamento que tenha sido fácil, mas também não tenho visto nenhum que tenha sido impossível", declarou o chefe do Executivo. "Tenho a certeza de que este, sendo mais fácil ou mais difícil, também há-de ser possível. porque não acredito que o PEV, o PCP ou o Bloco de Esquerda queiram pôr em causa aquilo que tem sido o sucesso desta solução governativa."
As declarações de Costa ecoam as palavras de Carlos César, líder do grupo parlamentar socialista, quando esta manhã apelou à união das esquerdas para que aprovem o OE para 2019.
"Outra coisa não se espera dos partidos que certamente se orgulham dos resultados destes três anos de atividade governativa, até porque nem o PS se desviou do seu percurso nem os partidos que têm apoiado o Governo querem voltar a um regime de isolamento e a uma falta de influência na política portuguesa", ressaltou o líder parlamentar.
[Notícia atualizada às 15h50]