O Supremo Tribunal de Israel confirmou esta terça-feira a decisão do Governo de expulsar o norte-americano Omar Shakir, responsável no país pela organização não-governamental Human Rights Watch (HRW).
Omar Shakir, que também representa a organização humanitária nos territórios palestinianos ocupados, tem agora 20 dias para deixar Israel.
O Supremo validou a decisão do ministro do Interior de deportar o diretor da Human Rights Watch, por considerar que Shakir apoiou uma campanha internacional de boicote pró-palestiniana.
Israel acusa Omar Shakir de ser um apoiante de sanções contra o país, devido à política de colonatos na Cisjordânia.
Uma lei de 2017 impede a entrada em Israel de pessoas que publicamente apoiem o boicote ao país e aos colonatos nos territórios ocupados.
O diretor da Human Rights Watch considera que o tribunal deu aval à deportação em detrimento da defesa dos seus direitos.
Com esta decisão, Israel junta-se à Coreia do Norte, ao Irão e ao Egito na lista de países que impedem a presença de elementos da organização humanitária nos seus territórios.