A China vai assegurar mensalmente o fornecimento de 30 milhões de testes à Covid-19 e 10.000 ventiladores para África, continente onde a pandemia tem crescido de forma descontrolada, informou o gabinete da presidência da África do Sul, este sábado.
Em comunicado, os líderes dos países do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) informaram que os materiais estarão disponíveis para aquisição através de uma nova plataforma criada para possibilitar às nações daquele continente a compra de equipamentos médicos urgentes a preços mais baixos, no meio da intensa concorrência global de mercado.
O responsável máximo da África CDC explicou que será atribuída uma quota deste material a cada nação com base na sua população e número de casos positivos do novo coronavírus.
O comunicado adianta, ainda, que o Canadá, a Holanda, a Coreia do Sul e a França também serão parceiros neste esforço de auxílio sanitário.
Os países africanos têm reclamado a necessidade de uma distribuição equitativa dos equipamentos, incluindo eventuais tratamentos e vacinas contra o vírus, considerando que a pandemia não terminará enquanto não for protegido o mundo inteiro.
Foram já realizados cerca de três milhões de testes em todo o continente africano, número ainda distante do objetivo anunciado de 13 milhões.
África superou hoje a barreira dos seis mil mortos por covid-19, registando 6.040, mais 284 que na sexta-feira, e conta mais de 225 mil infeções, segundo dados oficiais divulgados pela União Africana.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 426 mil mortos e infetou mais de 7,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.