Luís Montenegro nega ​ter recebido benefícios fiscais "indevidos" e diz não estar “minimamente condicionado”
30-12-2023 - 13:15
 • Renascença

"Caso" prende-se com a residência do líder do PSD em Espinho. Montenegro diz que não se sente “minimamente condicionado” por inquéritos do MP

O presidente do PSD, Luís Montenegro, rejeita ter recebido benefícios fiscais indevidos e diz que não se sente “minimamente condicionado” com o facto de o Ministério Público estar a investigar a a construção da sua casa de família, em Espinho.

Em conferência de imprensa, este sábado, no Porto, Montenegro garante que a moradia foi construída "de acordo com as licenças emitidas pelas autoridades competentes". "Cada fatura emitida e paga respeitou o regime fiscal e legal vigente no respetivo momento", sublinha.

"Não tive nenhum benefício indevido. Paguei o que todos os cidadãos, dezenas, centenas, ou milhares que estiveram ou estão na mesma situação do que eu também pagaram", assegura o líder do PSD.

Luís Montenegro rejeitou ainda que a situação possa ser comparável à que levou à queda do Governo, envolvendo o primeiro-ministro António Costa, dando a entender que não se demite e que está empenhado na campanha para as eleições de 10 de março.

"Tudo está dentro da regularidade”, declarou o líder social-democrata. “Não me sinto mesmo minimamente condicionado, convivo bem com o escrutínio de que sou alvo através destes inquéritos e tenho a plena confiança e convicção de que serão precisamente estes inquéritos que irão demonstrar que tudo está dentro da regularidade.".

O líder do PSD afirmou ainda estar confiante na Justiça e adiantou que não falará mais deste caso até que haja “um desfecho na Justiça”.

Montenegro garantiu que está disponível para colaborar com a investigação e entregar toda a documentação referente àquela moradia em Espinho.

O Ministério Público (MP) do Porto abriu um inquérito aos alegados benefícios fiscais atribuídos à habitação em Espinho de Montenegro, no seguimento de uma denúncia anónima.

O inquérito é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, adiantou a PGR, e “não tem arguidos” constituídos.