Cinco suspeitos foram hoje detidos por ordem do Ministério Público em Messina, Sicília, no sul de Itália.
“Durante a travessia, os recursos hídricos e alimentares foram racionados de forma desumana, ao ponto de os migrantes serem obrigados a partilhar uma chávena de café cheia de água entre dez pessoas”, referiu, num comunicado, o Ministério Público, pormenorizando as condições em que as 674 pessoas resgatadas do barco de pesca viajaram.
Os migrantes foram também espancados “com paus e cintos”.
Devido ao calor intenso e à falta de água potável, “muitos dos migrantes adoeceram e disseram ter visto os seus companheiros de viagem morrer devido ao calor e à desidratação, já que tiveram de beber até água do mar e do motor”.
Segundo a mesma nota, os membros da tripulação nomearam um migrante para gerir e racionar o abastecimento de água potável, que era espancado se recusasse, “com a consequência adicional para os migrantes de sofrer mais racionamento progressivo de água potável”.