O primeiro-ministro, António Costa, valorizou a "boa notícia" que é a subida do 'rating' de Portugal por parte da Standard and Poor's, declarando que esta decisão irá permitir melhores condições de financiamento do país nos mercados.
"Esta notação permite-nos obviamente melhores condições de financiamento", que têm por intuito final a redução do défice e da dívida, de modo a "de um modo duradouro" ser dada continuidade à política actual sem "riscos de novos recuos", declarou o chefe do Governo.
O chefe de Governo falava à entrada de uma acção de campanha para as autárquicas do candidato a Lisboa do PS, Fernando Medina, sublinhando que a notícia da S&P "confirma" o "trajecto certo" do país.
Esse trajecto, prosseguiu Costa, visa colocar o país a crescer "de um modo sólido, a criar emprego, a melhorar o rendimento das famílias portuguesas e, sobretudo, a criar e reforçar as condições de confiança dos investidores" internacionais e nacionais.
O primeiro-ministro desvalorizou ainda as declarações desta noite do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que assinalou que sem uma "alteração de governo, muito provavelmente essa melhoria [no 'rating'] teria ocorrido mais rapidamente".
"É tão verdade como eu dizer que se o Governo tivesse mudado mais cedo teríamos saído ainda mais cedo", disse Costa, enaltecendo a reposição de salários, pensões e rendimentos dos portugueses e a "redução para todos" da carga fiscal.
E prosseguiu: "Conseguimos estes resultados virando a página da austeridade".
Com esta revisão em alta para 'BBB-', com perspectiva 'estável', Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de 'rating' mundiais.
Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating 'BB+', a nota mais elevada de não investimento, com uma perspectiva 'estável'.