O acolhimento a migrantes e refugiados dividiu a União Europeia desde 2015. Vários governos europeus mostraram-se contrários a receber estrangeiros. Mas a trágica invasão russa da Ucrânia está a mudar a posição hostil aos imigrantes. A Polónia é um caso típico.
O partido no poder em Varsóvia teve como uma das suas bandeiras a hostilidade a receber imigrantes, sobretudo quando provenientes do Médio Oriente e do Afeganistão. Sabendo disso, o ditador da Bielorrússia Lukashenko, um subordinado de Putin, promoveu a vinda de refugiados do Médio Oriente que, uma vez em solo bielorrusso, as autoridades deste país encaminhavam para a fronteira com a Polónia.
Esta desumana operação levou a Polónia a construir um longo muro para travar a entrada desses imigrantes. Mas numerosos ucranianos entretanto procuraram a Polónia para melhorarem de nível de vida. De um modo geral, os imigrantes ucranianos mostraram ser úteis à sociedade e à economia polacas. Algo semelhante aconteceu em Portugal, onde vivem e são positivamente apreciados muitos ucranianos.
A vaga de refugiados vindos da Ucrânia poderá agora ser da ordem dos milhões. O governo polaco já declarou que não porá limites à entrada desses refugiados. E tudo tem feito para facilitar a vida aos refugiados ucranianos Ainda bem.
Também Portugal está disponível para receber os ucranianos. Por imperativo de solidariedade para com um povo tão maltratado e também porque, entre nós, o problema de inúmeras empresas é a falta de mão-de-obra.