Augusto Inácio vê Rúben Amorim a abandonar o Sporting, pelo próprio pé, no final da temporada, e acusa a direção de Frederico Varandas de "pôr tudo nas costas do treinador".
Em face dos maus resultados recentes, a equipa leonina atravessa a fase mais negativa da "Era Amorim". Em entrevista a Bola Branca, Inácio, antigo jogador, treinador e dirigente do Sporting, afirma que há vários fatores a contribuir para esse insucesso desportivo. Com Varandas a ter a fatia maior de culpabilidade.
"Tem faltado comunicação por parte de uma direção que pôs tudo nas costas do treinador, a dar a cara por tudo. Falta diálogo, falta exigência. É uma época completamente perdida, o Sporting está a desiludir e pelo caminhar das coisas não se prevê nada de bom", aponta.
Há dias, Rúben Amorim disse que não haverá ataque ao mercado em janeiro. Inácio considera que se está perante um "recado" com várias interpretações possíveis. Pelo meio, atira que o lucro obtido no último exercício serviu para "associado ver".
"A minha [interpretação] é que, apesar de o Sporting ter dado 13 milhões de lucro para que os sócios ficassem contentes, parece não haver dinheiro. E não estou a ver melhorias se não houver reforços para a equipa em janeiro", defende o antigo técnico verde e branco.
No entender de Inácio estão, portanto, criadas as condições para Rúben Amorim ir embora. E os sinais disso estão bem presentes desde que 2022/23 arrancou, defende.
"O Rúben Amorim no final da época não vai continuar, é a minha perspetiva. Acho [que será ele a dar esse passo], pois já no início da temporada se percebeu que havia ali uma espécie de zanga. Os resultados desportivos agudizaram tudo", conclui.