O cabeça de lista do AfD, partido de extrema-direita alemão, para as Europeias anunciou que vai demitir-se da direção do partido e deixar de fazer campanha, depois de ter defendido que nem todas as pessoas que usaram a farda da Schutzstaffel (SS) são criminosas.
Maximilian Krah defendeu a posição numa entrevista no âmbito da campanha para as eleições e foi, imediatamente, alvo de críticas, tanto a nível nacional, como internacional.
Apesar de se retirar da campanha, o político não se desculpou ou retratou, considerando que as declarações foram "factuais" e estão a ser usadas "para prejudicar o partido".
A SS foi uma organização paramilitar criada por Heinrich Himmler, que operou durante o regime da Alemanha Nazi e que respondia diretamente a Adolf Hitler. A farda preta característica e as iniciais em formas de relâmpago são tidos como dois dos principais símbolos associados ao Nazismo.
A polémica levou a Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita francês Reagrupamento Nacional, a pedir "um cordão sanitário" à volta do AfD, que integra a mesma família política, em que também se inserem o Vox de Espanha e o Chega, em Portugal.
Le Pen diz que se recusa sentar ao lado do AfD e que é preciso "uma quebra limpa com este movimento".