Cabeça de lista do AfD às Europeias demite-se da direção do partido
22-05-2024 - 12:00
 • João Malheiro

Eurodeputado defendeu que nem todas as pessoas que usaram farda da Schutzstaffel é criminoso.

O cabeça de lista do AfD, partido de extrema-direita alemão, para as Europeias anunciou que vai demitir-se da direção do partido e deixar de fazer campanha, depois de ter defendido que nem todas as pessoas que usaram a farda da Schutzstaffel (SS) são criminosas.

Maximilian Krah defendeu a posição numa entrevista no âmbito da campanha para as eleições e foi, imediatamente, alvo de críticas, tanto a nível nacional, como internacional.

Apesar de se retirar da campanha, o político não se desculpou ou retratou, considerando que as declarações foram "factuais" e estão a ser usadas "para prejudicar o partido".

A SS foi uma organização paramilitar criada por Heinrich Himmler, que operou durante o regime da Alemanha Nazi e que respondia diretamente a Adolf Hitler. A farda preta característica e as iniciais em formas de relâmpago são tidos como dois dos principais símbolos associados ao Nazismo.

A polémica levou a Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita francês Reagrupamento Nacional, a pedir "um cordão sanitário" à volta do AfD, que integra a mesma família política, em que também se inserem o Vox de Espanha e o Chega, em Portugal.

Le Pen diz que se recusa sentar ao lado do AfD e que é preciso "uma quebra limpa com este movimento".