“A crise socio-ecológica que vivemos é um momento propício para a conversão individual e coletiva e para tomar decisões concretas que não podem mais ser adiadas”, disse esta terça-feira o cardeal Pietro Parolin, na Conferência das Nações Unidas COP 27, em Sharm el-Sheikh, no Egipto.
O secretário de Estado do Vaticano manifestou preocupação pelo “fenómeno crescente dos migrantes deslocados por causa desta crise socio-ecológica”.
O cardeal Pietro Parolin avisa que “os Estados não podem sair daqui sem soluções tangíveis”, com vista a “aumentar a disponibilidade e flexibilidade dos caminhos para a migração regular.”
Preocupado com os efeitos globais da Covid-19 e o número crescente de conflitos no mundo, o "número dois" do Vaticano alertou para as suas graves consequências éticas, sociais e económicas que podem “minar a segurança global, exacerbar a insegurança alimentar, comprometer o multilateralismo e até ofuscar nossos esforços aqui em Sharm el-Sheikh”.
Esta é a primeira vez que a Santa Sé participa, não como observador, mas como Estado-parte da Convenção e do Acordo de Paris, na sequência do anúncio que o Papa fez, em 2020, ao garantir que o Vaticano se compromete com a meta de neutralidade carbónica, quer reduzindo as emissões zero até 2050, quer na promoção da educação à ecologia integral.