O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, vai perdoar parte da dívida que milhões de estudantes universitários contraíram com o governo federal, para pagar os seus estudos.
A decisão foi anunciada pelo próprio Joe Biden, através da sua conta no Twitter, depois de um longo período de debate interno e a poucos meses das legislativas (novembro), nas quais os democratas esperam contar com o voto dos jovens, uma vez que precisam dos seus votos para manter a maioria no Congresso.
“Dando cumprimento a uma promessa de campanha, a minha Administração anuncia um plano que vai permitir às famílias trabalhadoras e de classe média, uma folga para respirar, enquanto se preparam para retomar os pagamentos do empréstimo estudantil federal, em janeiro de 2023”, escreveu, Joe Biden, prometendo detalhes para mais tarde.
Na mesma publicação, o Presidente dos EUA mostra um quadro onde surgem os valores do perdão para os devedores: 20 mil dólares por cada estudante beneficiário das Pell Grants, uma bolsa que o governo federal oferece a alunos com dificuldades económicas, para pagar os estudos universitários, e de 10 mil dólares para os jovens que não estão abrangidos por este subsídio.
Recorde-se que o pagamento destes empréstimos tinha sido “congelado” temporariamente por causa da pandemia, mas para muitas famílias tornou-se definitivo.
A decisão agora tomada, depois de um longo debate político entre democratas e republicanos, não é pacífica. Muitos defendem que o perdão da dívida vai contribuir para o crescimento da inflação, aliviando algumas famílias, mas, por outro lado, é uma medida injusta para aqueles que já cumpriram com as suas obrigações financeiras.