A associação ambientalista Zero quer que os produtos descartáveis, como por exemplo pratos, copos, talheres, passem a pagar uma taxa.
Em entrevista à Renascença, Susana Fonseca, membro desta associação, explica que essa seria uma medida para facilitar “que opções reutilizáveis possam ser mais atraentes até do ponto de vista económico”.
Num levantamento sobre as práticas de 25 das principais marcas, que operam nos centros comerciais, a Zero conclui que "o recurso ao descartável é uma prática generalizada a todas as marcas de restauração" e que a taxa de reciclagem fica-se pelos 14%.
“As embalagens de plástico representam 36% do total de embalagens mas depois a sua reciclagem ainda é muito baixa”, detalha.
A Zero aponta que 55% dos restaurantes fornecem pratos ou embalagens descartáveis, 74% dão os talheres dentro de sacos de plástico e 90% usam protectores de papel nos tabuleiros.
"Na esmagadora maioria destas situações não se justifica este uso tão significativo de produtos descartáveis, temos de alterar este modelo", disse Susana Fonseca. Depois, continua a "praga das palhinhas", com quase metade dos casos a serem fornecidas sem que sejam pedidas.
E nos cafés também é já o descartável que domina, com copos de plástico em 51% dos casos, associados a colheres descartáveis em 74% das marcas.
Para reduzir o desperdício, a associação propõe também mais campanhas de informação.