A Liga de Clubes vai pedir ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol que abra um processo de inquérito aos incidentes do FC Porto-Arouca.
De acordo com uma nota, a Liga "solicitará a instauração de um processo de inquérito para averiguar os motivos que causaram a mesma, de forma a que se possam apurar responsabilidades sobre o sucedido".
O jogo do Dragão ficou marcado por um episódio em que o árbitro reverteu um penálti para o FC Porto após receber indicações por telemóvel, devido a problemas no sistema de vídeoarbitragem.
O Conselho de Arbitragem explicou, esta segunda-feira, que "os técnicos concluíram que a única tomada elétrica disponível na área de revisão do estádio não tinha corrente elétrica e que ao longo do jogo o sistema de energia de reserva - também conhecido como UPS (Uninterrupted Power Supply) – esgotou-se".
"Esta tomada elétrica não possui energia socorrida ou assistida, de acordo com informação técnica. Assim que foi detetada a falta de energia, iniciou-se o processo de mudança dos equipamentos para o segundo sistema de energia de reserva (UPS), tendo o serviço sido completamente restabelecido ao minuto 101. A vídeoarbitragem da Liga recorre a tecnologia certificada e utilizada em diversas competições internacionais", pode ler-se.
“Alterar decisões via telefone não é o melhor caminho”, criticou Vítor Bruno, treinador adjunto do FC Porto, após o empate com o Arouca, a contar para a 4.ª jornada do campeonato.
O árbitro do FC Porto-Arouca, Miguel Nogueira, disse que tinha que “acreditar no VAR”, segundo o treinador dos arouquenses, Daniel Ramos.
"O árbitro chamou-nos e disse que estavam sem conexão para ver as imagens no campo, embora as imagens tivessem sido analisadas pelo VAR”, começou por adiantar o técnico.
“A indicação que tinha é de que não era penálti e tinha que acreditar no VAR. Disse que não era uma decisão fácil para ele, mas que iria seguir o VAR porque as imagens tinham sido analisadas na Cidade do Futebol", afirmou Daniel Ramos.