D. Manuel Clemente. “Todos nós é que temos de ser mais paliativos"
31-05-2018 - 20:10

Cardeal Patriarca participou na procissão do Corpo de Deus e voltou à questão da eutanásia.

A sociedade tem de ser mais paliativa e envolvente em relação aos mais frágeis. O apelo do Cardeal Patriarca de Lisboa foi feito no final da procissão do Corpo de Deus, que esta quinta-feira percorreu várias ruas da capital.

“O que é preciso é acompanhar as pessoas nas situações mais frágeis e tornarmo-nos uma sociedade que envolve – que é o que quer dizer a palavra paliativo. Não apenas os cuidados, que é muito importante que se estendam e correspondam às necessidades de uma população bastante envelhecida como é a nossa”, disse.

“A nossa sociedade, todos nós, é que temos de ser mais paliativos e mais envolventes dos outros nas suas fragilidades”, acrescentou.

Em declarações à Renascença, D. Manuel Clemente lembrou os movimentos que, no recente debate sobre a legalização da Eutanásia, defenderam a importância dos cuidados paliativos.

“Reparámos numa ampla frente de pessoas, instituições, que foram coincidentes nesta defesa da vida na sua situação tão frágil como é a daquelas pessoas que por padecimentos de vária ordem, poderiam ser levadas a desistir”, referiu.

No final da procissão, no Largo da Sé, o Cardeal Patriarca de Lisboa lembrou que a mensagem cristã deve estar onde estão os mais frágeis.

“Vamos continuar a procissão. Com o mesmo realismo que o Senhor Jesus, que deu a vida por nós, está connosco e vai onde nós formos – casas, ruas, empresas, escolas, hospitais, prisões, em todo o lado onde está um cristão, Cristo vai e a procissão continua”, acrescenta D. Manuel Clemente.