A Provedora da Santa Casa da Misericórdia (SCM) de Lisboa, Ana Jorge prometeu, esta terça-feira, procurar medidas para travar o problema identificado no estudo encomendado pelo Conselho Economico e Social (CES) que conclui que 100 mil portugueses têm problemas de jogo com a raspadinha.
Em declarações à RTP, a Provedora da SCM de Lisboa reconheceu que há um problema de dependência associado ao jogo com características muito especificas e garante que as conclusões vão ser tidas em conta.
“Vamos trabalhar com base no estudo e estamos disponíveis para encontrar formas de poder ajudar e de ser um jogo mais controlado, à semelhança do que acontece, por exemplo, nos jogos online que permitem bloquear. Mas, no jogo físico como é a raspadinha torna-se mais complexo”, reconheceu a provedora da Instituição, responsável pelo monopólio dos jogos sociais.
“Porque estamos a falar de valores muito pequenos. É o que as pessoas jogam para ter resposta, dinheiro imediato. Essa é uma das razões de poder ser mais viciante”, apontou Ana Jorge. Portanto, acrescentou, “tem de se estudar formas de como podermos controlar isso”.
“Estudo como este e como outros são bons para refletirmos em conjunto com quem sabe prevenir e tratar dependências de forma a encontrarmos uma posição”, rematou.
O estudo “Quem Paga a Raspadinha” encomendado pelo Conselho Economico e Social e apresentado esta terça-feira revelou que 1,21% da população adulta portuguesa tem problemas de jogo com a raspadinha, o que corresponde a mais de 100 mil portugueses, 30 mil dos quais apresentam sinais de comportamento patológico.