O Presidente russo, Vladimir Putin, está disponível para enviar uma delegação a Minsk, capital da Bielorrússia, para conversações com a Ucrânia, afirma o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pelas agências internacionais.
A desmilitarização a Ucrânia é uma das exigências da Rússia, de acordo com as palavras do porta-voz do Kremlin.
O Presidente russo também disse esta sexta-feira ao ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, que está disposto a realizar "negociações de alto nível" com a Ucrânia, após ter lançado uma operação militar contra aquele país.
Citado pela televisão estatal CCTV, Xi Jinping apelou a que Kiev e Moscovo "resolvam os seus problemas por meio de negociações".
O líder chinês acrescentou que Pequim "respeita a soberania e a integridade territorial dos Estados", mas ressalvou que é "importante respeitar as preocupações legítimas de segurança de todos os países envolvidos".
A China adotou uma posição discreta e algo contraditória face à questão ucraniana, enquanto tenta equilibrar a sua relação política com Moscovo com os seus laços comerciais e económicos com a União Europeia (UE) e os Estados Unidos e os seus próprios princípios de longa data sobre soberania territorial e não interferência nos assuntos internos de outros países.
A diplomacia chinesa tem afirmado que "compreende" as preocupações russas com a segurança, mas também que "respeita a soberania e a integridade territorial de todos os países".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou nas últimas horas a aparecer numa gravação onde deixa críticas e apela ao cessar-fogo.
“Fomos deixados sozinhos a defender o nosso país. Quem está pronto para lutar ao nosso lado? Não vejo ninguém. Quem quer dar à Ucrânia a garantia de pertencer à NATO? Todos têm medo.”
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.