MNE russo pede "responsabilidade máxima" a homólogos israelita e palestiniano
29-01-2023 - 20:13
• Lusa
Sergey Lavrov apelou a parceiros israelitas e palestinianos para que se "abstenham de qualquer ação que possa causar uma maior deterioração da situação".
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo pediu hoje a "máxima responsabilidade" aos israelitas e palestinianos para evitarem qualquer deterioração da situação na região, em conversas telefónicas com os homólogos dos dois lados do conflito, segundo o seu ministério.
Sergey Lavrov "apelou aos parceiros israelitas e palestinianos para que mostrem a máxima responsabilidade e se abstenham de qualquer ação que possa causar uma maior deterioração da situação", de conflito naquela região, disse a mesma fonte.
Nas conversas telefónicas que teve com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, e com seu homólogo palestiniano, Riyad Al-Maliki, "o lado russo sublinhou que Moscovo estava seriamente preocupado com a nova onda de violência" na região, adiantou o ministério.
No sábado, a diplomacia russa já tinha pedido, em comunicado, a todas as partes para terem a "máxima contenção" após os ataques realizados na sexta-feira e naquele mesmo dia em Jerusalém Oriental, após um ataque militar israelita mortal na quinta-feira na Cisjordânia, seguido de disparos de `rockets´ de Gaza em direção a Israel e ataques aéreos israelitas de retaliação.
Hoje, guardas israelitas mataram um palestiniano no território ocupado da Cisjordânia e a violência dos últimos dias levantou receios de um novo recrudescimento do conflito israelo-palestino.
Israel já anunciou um conjunto de medidas contra os palestinianos, em resposta a ataques deste fim de semana, que incluem a revogação de benefícios para as famílias dos agressores e a sua deportação.
"O Gabinete de Segurança tomou uma série de decisões para combater o terrorismo e fazer com que os terroristas e seus apoiantes paguem um preço por isso", anunciou em comunicado o gabinete do primeiro-ministro conservador Benjamin Netanyahu.
Israel anunciou seis medidas, incluindo a "revogação dos direitos à previdência social e benefícios adicionais para familiares de terroristas que apoiam o terrorismo" e "simplificar e expandir o licenciamento de armas de fogo" para civis.
Além disso, o comunicado anuncia um plano para "legislar a revogação dos documentos de identidade israelitas das famílias de terroristas que apoiam o terrorismo", iniciativa já promovida pelos membros de extrema-direita do executivo e cuja discussão está prevista para hoje, na reunião do gabinete do governo.