Ni Amorim, presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, em entrevista a Bola Branca, responsabiliza a Direção-Geral da Saúde pelos problemas com o público no Autódromo Internacional do Algarve. “Obrigou a organização do circuito a uma logística muito complicada”.
“Não sei como está o Autódromo [Internacional do Algarve] a gerir a situação [do aparente aglomerado de adeptos nas bancadas], mas isso foi provocado porque havia uma perspetiva de lotação e essa lotação foi reduzida muito em cima da hora”, diz o presidente da FPAK.
Amorim deixa claro, à Renascença, que a Federação pretende que o Grande Prémio de Portugal “integre o calendário do Campeonato do Mundo de F1”, acrescentando que “para isso tem de ter o apoio do Governo. Adianta que irá convocar uma reunião com as entidades políticas competentes para apresentar o projeto para que “o Estado diga se tem interesse ou não”, admitindo saber que “a Fórmula 1 não é um produto barato”.
Do lado da Federação Internacional de Automobilismo, Ni Amorim afirma que “a FIA ficou com uma boa impressão” do ponto de vista desportivo, uma vez que “as infraestruturas são boas, o traçado é bom” e “o feedback dos pilotos foi positivo”.
“Eu conheço os circuitos na Europa onde passa a F1 e posso dizer que o Autódromo do Algarve está num dos 5 melhores, sem dúvida nenhuma”, diz em Bola Branca.
Apesar das boas indicações da FIA, Ni Amorim não esconde que existem aspetos a melhorar, afirmando que “foi muito difícil” por “não termos o hábito de organizar um Grande Prémio destes há mais de 20 anos”. O presidente da FPAK fala numa “aprendizagem muito grande, se voltar a haver [GP Portugal] não se vão repetir os mesmos erros”.
Ainda que não sendo da sua responsabilidade, Ni Amorim considera que o Moto GP “vai ser mais fácil de organizar depois de ter passado pela Fórmula 1”, uma vez que “há toda uma máquina que está melhor estruturada”.