A agência Lusa diz que o Presidente do Conselho Europeu Donald Tusk anunciou o plano de acção comum para as migrações que considerou um passo decisivo. Este plano inclui um apoio de 3.000 milhões de euros à Turquia. Em contrapartida, Bruxelas compromete-se a acelerar as negociações sobre os vistos para cidadãos turcos e pede a Ancara para reforçar o controlo de fronteiras.
A agência France Presse refere que a Alemanha provocou a ira de outros países europeus quando apresentou no Conselho Europeu uma proposta controversa de repartição dos refugiados na União Europeia numa base permanente.
Na declaração final da Cimeira Europeia, a Alemanha pretende que seja incluída a proposta à Comissão Europeia de estabelecer um mecanismo permanente de repartição dos refugiados entre os 28, que poderia ser accionado no caso de grave crise migratória para permitir aliviar os países mais afectados.
Na conferência de imprensa ontem ao fim da noite, a Chanceler alemã reconheceu que não percebe por que é que os países do Leste europeu reagem de forma tão dura com os refugiados. Casos como a Polónia, a República Checa, a Eslováquia e a Hungria.
O “Jornal de Negócios” acrescenta que a União Europeia pondera criar uma nova entidade para gerir as fronteiras. A proposta é da Comissão Europeia para registar as entradas e saídas e criar um programa de viajantes que serão registados.
Outro tema que foi discutido na Cimeira foi o referendo no Reino Unido, com o “Diário Económico” a contar que David Cameron comprometeu-se a clarificar perante a União Europeia até Novembro, todos os pontos que quer renegociar para se manter na União Europeia.
O britânico “The Guardian” conta que o primeiro-ministro David Cameron foi pressionado a apresentar uma lista de exigências para as negociações. E está a escrever uma carta a Donald Tusk onde vai enumerar as mudanças que espera ver na União Europeia.
Esta manhã, o jornal “Público” tem uma entrevista com o ex-ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, diz que Portugal está tão falido como a Grécia porque a dívida portuguesa pública e privada é tão insustentável como a grega. Varoufakis vai estar amanhã em Coimbra e, nesta entrevista ao “Público”, diz que nenhum país pode ter um plano de saída do euro credível e reconhece que ao fim de meses de discussão na Grécia da qual foi um dos principais protagonistas, nada mudou. Yanis Varoufakis diz que a culpa foi da falta de democracia na União Europeia.