O Praiense não se conforma com a decisão da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de atribuir a subida à II Liga a Vizela e Arouca e irá avançar com a impugnação, caso o executivo de Fernando Gomes não reconsidere.
“O Praiense está a trabalhar para impugnar a decisão da FPF. Houve alguma precipitação da Federação que nem ouviu as associações. Mas ainda acredito que Fernando Gomes e a sua equipa de trabalho irá reponderar a situação e repor a verdade desportiva. Estamos para subir há três anos e por uma razão ou outra não tem acontecido. Não vou admitir que seja feita uma injustiça tão grande ao Praiense”, refere o presidente do Praiense, Marco Monteiro, em entrevista a Bola Branca.
O Praiense, líder da série C do Campeonato de Portugal, estava à espera de um "play-off" para apuramento das duas equipas que iriam subir à II Liga. Daí a surpresa com a decisão anunciada pela FPF, que promoveu Arouca e Vizela, por serem os líderes com mais pontos, entre as quatro série do Campeonato de Portugal. De fora, ficaram Praiense, líder da Série C, e Olhanense, que comanda a Série D.
“Ficamos estupefactos e indignados. A decisão não é justa, não tem qualquer fundamento, nem verdade desportiva. É uma decisão precipitada da FPF. O Praiense entende que nas quatro séries não há nenhum mais primeiro que outro. O que nos foi sempre dito pela FPF é que iríamos jogar 'play-off' e era em campo que se iria decidir quem sobe”, refere o presidente do Praiense.
Líder destacado da série C
O clube da Praia da Vitória, da Ilha Terceira dos Açores, lembra que tinha 11 pontos de vantagem sobre o segundo classificado da Série C do Campeonato de Portugal quando a prova foi cancelada devido à pandemia da Covid-19.
O clube reclama a subida à ~II Liga ou outro modelo de atribuição dos clubes a promover. “O Praiense era o mais primeiro dos primeiros porque estava a um distanciamento superior do segundo classificado. O que seria mais justo ter acontecido era excecionalmente a FPF e a Liga chegarem a um entendimento para 2020-21, em que na pior das hipóteses subiriam quatro equipas e na época seguinte seria reposto o número de 18 equipas na Segunda Liga”, sugere Marco Monteiro.
O Governo anunciou, na quinta-feira, que o plano de desconfinamento, que prevê o alívio de medidas resitritivas e retoma da atividade, inclui o regresso da I Liga, em finais de maio. A II Liga não será retomada.