Numa altura em que o nome de Vítor Bruno ganha força como potencial sucessor de Sérgio Conceição nos comandos do FC Porto, quem conhece o antigo adjunto vê o cenário com "naturalidade". Em declarações a Bola Branca, Augusto Inácio – com quem o ex-adjunto portista trabalhou – considera que este "passo" já devia ter acontecido.
"É um passo que já devia ter dado há uns anos. Ele trabalhou comigo no Leixões e na Naval e, na altura, percebi logo as qualidades que tinha, não só na competência, como também no caráter. Ele teve o seu tempo de treinador-adjunto. Vejo isto com naturalidade, é um passo normal para a sua carreira e, na minha opinião, vai ser um grandíssimo treinador", explica o treinador.
Vítor Bruno integrou a equipa de Sérgio Conceição em 2011, depois de ter sido adjunto de Augusto Inácio na Figueira da Foz e em Matosinhos. O coimbrense nunca perdeu quando teve de assumir o lugar do técnico principal nos dragões: dois empates e 15 vitórias, a última frente ao SC Braga, na última jornada.
Nesta conversa com Bola Branca, Augusto Inácio revela que chegou a sugerir o nome do possível próximo comandante das tropas azuis e brancas para o Sporting.
"Quando estive no Sporting até disse que, se um dia houvesse possibilidade ou procura de um treinador, o primeiro nome que indicaria seria o de Vítor Bruno", revela o antigo diretor-geral do futebol do Sporting nos tempos de Bruno de Carvalho.
Para o antigo jogador de leões e dragões, Vítor Bruno "está apto" para assumir o papel de treinador do FC Porto, até porque "conhece a casa, aquela gente toda e os jogadores". "Não há passos arriscados. Há um passo na carreira que tem de ser dado", atira Inácio.
Já sobre o facto de poder assumir o lugar daquele que foi o seu treinador principal dos últimos 13 anos, Augusto Inácio não vê "contradição".
"Quando colocou aquele post em que disse 'obrigado, Dragão', a despedir-se, no último ano como adjunto, não se perspetivava nada. Não sei se é FC Porto, Catar, cá em Portugal noutro clube qualquer mas o que é certo é que já tinha assumido que queria assumir uma carreira a solo e, por isso, não há aqui nenhuma contradição", explica a Bola Branca.