O Governo ainda não transferiu as verbas necessárias para pagar aos enfermeiros que estão a ser contratados.
Para já, segundo o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, os novos enfermeiros ainda não estão todos colocados nos hospitais. “Na última semana, os hospitais usaram as bolsas de recrutamento para chamar os profissionais, que estão autorizados a contratar, para serem integrados.”
São dois mil profissionais que estão a ser integrados nos hospitais. Mas é um número considerado insuficiente para fazer face à redução de horário para as 35 horas semanais.
À Renascença, Alexandre Lourenço admite que se o Executivo não transferir dinheiro para pagar os novos salários, vão aumentar as dívidas. “Efetivamente, ainda não existe um reforço orçamental, mas estamos em crer que venha a acontecer, caso contrário terá um impacto sobre fornecedores”.
Enfermeiros, assistentes e técnicos de diagnóstico regressaram às 35 horas de trabalho semanais, em vez das 40 atuais, numa altura de férias e em que há greves marcadas por sindicatos às horas extraordinárias.
A Ordem dos Médicos, o Sindicato dos Enfermeiros e os administradores hospitalares alertaram para o facto de que a redução do horário sem novas contratações reduzia a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS).