A Venezuela é o país da América Latina com maior número de pessoas subalimentadas, 3,7 milhões de cidadãos, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
“No caso da Venezuela, o aumento de pessoas subalimentadas foi de 600 mil, entre 2015 e 2017. Com este aumento, a prevalência da subalimentação atinge 11,7% [da população], 3,7 milhões de pessoas)", explica um relatório divulgado esta quarta-feira.
Os dados foram apresentados durante uma conferência de imprensa no Chile, pelo representante regional da FAO, Júlio Berdegué, que explicou que a crise política, económica e social venezuelana travou os avanços no combate à subalimentação registados no país.
Por outro lado, Júlio Berdegué explicou que a FAO tem pedido, sem sucesso, ao Governo venezuelano que "considere a possibilidade de recorrer à cooperação internacional de caráter humanitária".
O relatório "Panorama de segurança alimentar e nutricional na América Latina e Caraíbas 2018" foi elaborado em conjunto pela Organização Panamericana da Saúde, a Unicef e o Programa Alimentar Mundial.
Segundo o relatório, o Haiti tem cinco milhões de pessoas subalimentadas (45,7% da população) e o México 4,8 milhões (3,8% da população), apesar de terem registado avanços na redução da fome.