O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeita a proposta de cessar-fogo do Hamas, que permitiria a libertação de reféns que estão em cativeiro na Faixa de Gaza e uma trégua na guerra iniciada a 7 de outubro do ano passado.
Netanyahu promete continuar a ofensiva das forças armadas israelitas “até à vitória total” sobre o Hamas.
O líder do Estado judaico falava aos jornalistas numa conferência de imprensa, após uma reunião com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que está de visita ao Médio Oriente.
Benjamin Netanyahu diz que a vitória sobre os terroristas do Hamas é uma "questão de meses" e sublinha que os reféns estão sempre no seu pensamento.
"O dia seguinte é o dia depois do Hamas. Todo o Hamas", avisou o primeiro-ministro de Israel.
Netanyahu também considera que é preciso encontrar uma solução para a fronteira norte de Israel com o Líbano, onde se têm registado trocas de fogo com o movimento Hezbollah, apoiado pelo Irão.
Israel não pode tolerar que 100 mil pessoas tenham sido evacuadas de localidades junto à fronteira, por causa dos ataques do Hezbollah, sublinha. Tem que haver uma solução, diplomático ou militar, adverte o líder de Israel.
A contraproposta do Hamas para um cessar-fogo no conflito na Faixa de Gaza, agora rejeitada por Netanyahu, prevê um plano de tréguas em três fases, que termine com a guerra com Israel.
Segundo a "Reuters", o plano prevê um cessar-fogo de 135 dias, em que nos primeiros 45 todas as mulheres, jovens abaixo dos 19 anos, idosos e doentes sejam libertados pelo Hamas, em troca de mulheres e crianças palestinianas capturadas por Israel.