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O secretário de Estado da Saúde garante que não faltarão equipamentos de proteção individual (EPI) nos centros hospitalares do país. Em conferência de imprensa, António Lacerda Sales foi confrontado com um estudo que dá conta de faltas de equipamentos na zona Centro.
"Não quero comentar caso a caso, porque são situações possíveis e que vamos reajustar os défices todas as semanas. Temos mais de 63 milhões de máscaras cirúrgicas encomendadas, entregues já 36 milhões, encomendamos 12 milhões de máscaras FFP, seis milhões já entregues. No Centro, nas últimas semanas entregámos 738 mil máscaras cirúrgicas. Pedimos que nos reportem as situações para que possamos fornecer. Vamos satisfazer essas necessidades", disse o secretário de Estado da Saúde, em conferência de imprensa.
Lacerda Sales voltou ainda a reforçar que a realização de testes não foi inferior no fim de semana prolongado: "De 1 a 4 de maio foi feita uma média de 10.700 testes por dia, mas estes dados não estão totalmente fechados", disse.
Hipertensos e diabéticos descompensados podem faltar ao trabalho
Os hipertensos e diabéticos foram excluídos do regime excecional de proteção laboral para imunodeprimidos e doentes crónicos no âmbito da pandemia de Covid-19. No entanto, o secretário de Estado afirma que isso só acontece nos casos de diabéticos e hipertensos compensados.
"Os diabéticos e hipertensos de Portugal podem ficar tranquilos e confiantes. Se vierem a descompensar, estarão cobertos pelo chapéu das doenças crónicas. O que está provado é que como fatores de risco que são, não estão associados a uma maior possibilidade de infeção, ou seja, há esta diferença entre diabetes e hipertensão compensada e descompensada", esclareceu
Os hospitais e centros de saúde vão manter as áreas Covid-19 e não Covid-19 nos próximos tempos, uma garantia do secretário de Estado.
"Vamos manter esses circuitos porque o surto não acabou, continua e temos de estar preparados não só para isso, como para uma eventual segunda onda. Vamos manter fluxos e espaços devidamente identificados e definidos", diz António Lacerda Sales.
Sobre um possível regresso à normalidade nos hospitais, o governo não consegue prever uma data, mas explica que será um processo progressivo.
"Não posso dizer o número de meses que vai demorar, temos uma programação feita, queremos que seja o mais rápido possível e vamos usar todos os meios e recursos possíveis, como o setor privado e social", termina.