O PCP reafirmou esta terça-feira a intenção de impedir novas parcerias público-privadas (PPP) no âmbito da revisão da Lei de Bases da Saúde, em discussão no Parlamento, e defendeu que a questão deve ser assumida na atual legislatura.
"Para nós a gestão das unidades do SNS é pública, ponto final. Não há gestão privada das unidades do serviço público de saúde", afirmou, em conferência de imprensa, Jorge Pires, do comité central do PCP.
O dirigente da comissão política comunista, confrontado com a intenção do Bloco de Esquerda de remeter a questão das PPP para uma fase posterior à Lei de Bases da Saúde, como forma de viabilizar um acordo com o PS, disse não conhecer ainda a proposta em concreto.
Segundo Jorge Pires, o PCP não apoiará "um salto no escuro" e não se mostra favorável a deixar para o futuro "a discussão de um problema" sem que se possa saber qual será a próxima composição da Assembleia da República.
"Se este problema ficar definido agora é a garantia de que será muito mais difícil, enfim, aprovar legislação que vá no sentido de favorecer o aparecimento de novas PPP", salientou.