O Presidente da República reiterou este domingo, nas comemorações do Armísticio da 1ª Guerra Mundial, o papel central das Forças Armadas em Portugal e sublinhou que sem elas não há democracia, nem segurança. Marcelo Rebelo de Sousa diz que não será tolerado que interesses indivíduais de grupo usem as Forças Armadas.
Num momento em que o escândalo do roubo das armas de Tancos é um assunto que não sai da actualidade, Marcelo afirmou que "hoje mais do que nunca queremos celebrar as nossas Forças Armadas". E acrescentou que sem os militares, sem o prestigio de que gozam, e sem o respeito e a admiração pela misssão insubstituível que desempenham, "não há democracia, nem paz, nem segurança que possam vingar".
"Quem dentro ou fora de vós não entender isto, não entendeu nada sobre o passado, o presente e o futuro de Portugal", acrescentou Marcelo.
No discurso da maior parada militar da democracia, o Presidente da República afirmou que não mais se tolerará "a sangrenta divisão da Europa", nem o "perder da paz às mãos de aventureiros criadores de novas guerras".
"Não toleraremos que se repita que se usem as Forças Armadas para interesses individuais ou de grupo, de jogos de poder enquanto soldados se batiam, como hoje se batem todos os dias, no Centro de África, no Norte, Leste e Sul da Europa, no Golfo da Guiné pela pátria e pelo futuro da humanindade", enfatizou.