O Hamas e Israel terão chegado, esta quinta-feira, a um princípio de acordo para um cessar-fogo de 35 dias e para a libertação de reféns. A notícia é avançada pelo “Haaretz”.
Segundo o jornal israelita, fontes envolvidas nas negociações adiantaram que o acordo atingido prevê a libertação de todos os reféns israelitas que o Hamas detém desde os ataques de 7 de outubro.
Em troca, Israel deverá libertar um número indeterminado de prisioneiros palestinianos e permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Segundo o “Haaretz”, as duas partes também chegaram a acordo acerca dos critérios para a libertação. Contudo, a lista de prisioneiros palestinianos a libertar ainda está a ser finalizada.
A duração do cessar-fogo estará a ser um dos pontos de mais difícil negociação. O Hamas há muito que apresenta um cessar-fogo permanente como condição para a libertação de reféns, mas Israel estará a recusar essa possibilidade.
De acordo com o "The Washington Post", a proposta entregue por Israel terá apontado para um cessar-fogo de 60 dias, em troca da libertação faseada dos mais de 100 reféns. A libertação começaria por mulheres e crianças civis, seguidos de homens militares, mulheres militares e homens civis, assim como os restos mortais dos reféns que morreram em cativeiro.
Quase dois milhões de palestinianos foram obrigados a fugir das suas casas na Faixa de Gaza desde o início do atual conflito entre Israel e o Hamas, a 7 de outubro, após um ataque sem precedentes da milícia em solo israelita. O ataque causou cerca de 1.200 mortos.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva no território palestiniano que causou mais de 25.700 mortos, de acordo o Hamas, que controla o território desde 2007.