O Grupo de Ativistas em Tratamento e a Direção Geral da Saúde (DGS) organizam, até ao final do mês, um processo de vacinação em regime de casa aberta contra a Mpox no Príncipe Real, em Lisboa. A iniciativa ocorre todos os sábados e surge depois de ter sido registado um novo surto da doença, entre junho e agosto, com 97 casos reportados.
Os postos de vacinação funcionam entre as 10h00 e as 19h00 e estão instalados no Checkpoint LX, um espaço que habitualmente faz rastreios confidenciais e anónimos de doenças sexualmente transmissíveis a homens que têm sexo com homens.
À Renascença, o coordenador deste espaço da associação GAT diz que o objetivo “é vacinar duas mil pessoas”. Atualmente, e segundo dados da DGS, 5.763 pessoas já estão vacinadas contra a infeção e, destas, 3.614 já completaram o ciclo recomendado de duas doses.
Porém, nem toda a gente pode participar na casa aberta. Luís Veríssimo explica quais são os grupos elegíveis.
“Devem vacinar-se contra a Mpox todos os homens que fazem sexo com homens e que tenham múltiplos parceiros sexuais; pessoas que tenham práticas sexuais com múltiplos parceiros; pessoas que façam sexo comercial; pessoas que trabalham em sítio onde se faça sexo com múltiplos parceiros; e também profissionais de saúde que manuseiam amostras de sangue para análise da Mpox”, esclarece.
Quem quiser vacinar-se contra a Mpox pode também fazê-lo fora desta casa aberta. A DGS disponibilizou um formulário de autoproposta para a vacinação contra a doença.
Em Portugal, e segundo as autoridades de saúde, foram identificados 1.050 casos de Mpox desde maio 2022. No último surto, entre 1 de junho e 30 de agosto, foram reportados 97 novos casos.