A seleção portuguesa manteve a tradição. Em oito fases finais de Campeonatos da Europa de futebol, outras tantas qualificações para a fase a eliminar. Desde que pela primeira vez participou na mais importante prova de seleções do velho continente, em 1984, a equipa das quinas nunca voltou para casa após a fase de grupos.
Neste Euro 2020, a calculadora voltou a estar em cima da mesa, mas com os resultados dos outros grupos era demasiado improvável a seleção nacional falhar o acesso aos oitavos de final. A forte réplica da Hungria, em Munique, frente à Alemanha chegou a ameaçar o regresso prematuro da comitiva portuguesa a Lisboa, numa jornada que acabou por ser um carrossel de emoções com um final feliz para os três tubarões do grupo.
Rui Patrício a defender e Ronaldo a marcar garantiram o empate frente à França, sem depender de terceiros. Com a igualdade a dois golos, a equipa nacional acabou por ser a melhor terceira classificada de todos os grupos, passando aos oitavos de final.
Tal como em 2016, Portugal passa em terceiro no grupo, desta vez com quatro pontos (há cinco anos somou três, fruto de outros tantos empates) mas sem a sorte de calendário que teve em França. Neste Euro 2020, a equipa das quinas caiu na chave mais difícil. Domingo defronta a Bélgica, líder do ranking mundial. Se passar, e se a lógica prevalecer, encontrará a candidata Itália, nos quartos de final. E se ultrapassar esse obstáculo, nas meias-finais, não escapará a França, Espanha ou a Croácia.
Se em 2016, Portugal foi parar à chave mais acessível da fase a eliminar jogando perante adversários como a Croácia, Polónia e Gales, desta vez a sorte virou de cangalhas.
Mas há que acreditar na premonição de Fernando Santos, que antes da viagem para a Hungria encheu a mala de tabaco para durar até ao dia da final…