Bits, Geeks e Chips – No paraíso das criptomoedas
27-09-2021 - 06:30
 • Fábio Monteiro , Inês Rocha

Antes de existirem criptomoedas, já existiam protótipos de ouro digital em alguns videojogos online. Havia quem fizesse dinheiro a vender "skins" do Counter-Strike ou armas do Warcraft. Durante a última década, sem surpresa, muitos "gamers" tornaram-se miners e montaram "farms" gigantescas.

Em 2011, Paulo, um jovem português com 15 anos, recebeu cinco mil bitcoins para passar uma noite a jogar Runescape, um videojogo online, com a conta de outro utilizador – cerca de 160 milhões de euros, tendo em conta a cotação corrente da criptomoeda criada Satoshi Nakamoto.

Agora com 25 anos, Paulo garante que não é milionário – mas diz que já se podia “reformar”. Com os lucros que tira ao fazer mineração, faz “dez a vinte salários mínimos por mês”, podia “comprar casas e carros”. E tudo começou com um jogo online – o que não foi por acaso.

Há uma década, muitos gamers desbravaram caminho para a explosão das criptomoedas; mesmo sem saberem, foram os primeiros a aderir e contactar com a ideia de moedas digitais, testemunha João Carvalho cofundador da Tandhem Esports.

Do gaming à mineração foi um pequeno salto. Afinal, em cada computador existia uma potencial picareta digital. Nos últimos anos, contudo, a quantidade de pessoas a fazer mineração aumentou desproporcionalmente – o que levou a uma escassez de placas gráficas, o que começa a chatear alguns dos gamers dos dias d’hoje. A situação não melhorou com a pandemia, claro

Ao mesmo tempo, em 2021, já existem jogos online com NFT’s à mistura e tecnologia blockchain na retaguarda. Emanuel Viçoso anda a investir no Axie Infinity e usa o jogo para ensinar princípios de economia aos filhos.

Se não ouviu os primeiros dois episódios, pode fazê-lo aqui.

Antes de meter os auscultadores, quer refrescar a memória sobre alguns dos termos mais comuns quando falamos de bitcoin ou blockchain?

Leia aqui nove perguntas e respostas essenciais para compreender a série.