Em 2011, Paulo, um jovem português com 15 anos, recebeu cinco mil bitcoins para passar uma noite a jogar Runescape, um videojogo online, com a conta de outro utilizador – cerca de 160 milhões de euros, tendo em conta a cotação corrente da criptomoeda criada Satoshi Nakamoto.
Agora com 25 anos, Paulo garante que não é milionário – mas diz que já se podia “reformar”. Com os lucros que tira ao fazer mineração, faz “dez a vinte salários mínimos por mês”, podia “comprar casas e carros”. E tudo começou com um jogo online – o que não foi por acaso.
Há uma década, muitos gamers desbravaram caminho para a explosão das criptomoedas; mesmo sem saberem, foram os primeiros a aderir e contactar com a ideia de moedas digitais, testemunha João Carvalho cofundador da Tandhem Esports.
Do gaming à mineração foi um pequeno salto. Afinal, em cada computador existia uma potencial picareta digital. Nos últimos anos, contudo, a quantidade de pessoas a fazer mineração aumentou desproporcionalmente – o que levou a uma escassez de placas gráficas, o que começa a chatear alguns dos gamers dos dias d’hoje. A situação não melhorou com a pandemia, claro
Ao mesmo tempo, em 2021, já existem jogos online com NFT’s à mistura e tecnologia blockchain na retaguarda. Emanuel Viçoso anda a investir no Axie Infinity e usa o jogo para ensinar princípios de economia aos filhos.
Se não ouviu os primeiros dois episódios, pode fazê-lo aqui.
Antes de meter os auscultadores, quer refrescar a memória sobre alguns dos termos mais comuns quando falamos de bitcoin ou blockchain?
Leia aqui nove perguntas e respostas essenciais para compreender a série.