O défice foi de 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, um desempenho que foi penalizado pelo impacto negativo da resolução do Banif que corresponde a 1,4% do PIB.
Os dados provisórios foram avançados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística.
Segundo o INE, a intervenção do estado no banco do Funchal pesou mais do que o inicialmente previsto nas contas públicas. Tinha sido estimado um agravamento do défice de 1,2%, ficou em 1,4%.
O défice das administrações públicas em 2015 chegou aos - 7.893 milhões de euros.
A capacidade de financiamento da
economia fixou-se em 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de
2015, idêntica à observada no trimestre anterior. A poupança bruta aumentou
0,2%, mas não são as famílias que estão a contribuir para estes números, a taxa
de poupança das Famílias fixou-se em 4,2%, menos 0,2 pontos percentuais que o
trimestre precedente, o que traduz um maior aumento do consumo privado.
Sem a resolução do Banif, o défice teria ficado nos 3%, segundo estes dados provisórios.
O INE adiou a divulgação dos números do défice e da dívida pública que são reportados a Bruxelas, porque não tinha todos os dados necessários. Uma informação entretanto desmentida pelas Finanças, que em comunicado garante ter enviado atempadamente toda a informação necessária e rejeita qualquer responsabilidade no reporte da notificação do procedimento de défice excessivo.