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A imagem n.º 13 da Virgem Peregrina de Fátima já está a caminho da Ucrânia onde vai permanecer durante um mês.
Na celebração de envio, o diretor do Departamento de Liturgia do Santuário de Fátima disse que “à guerra não se responde com a guerra, ao mal não se responde com o mal, ao ódio não se responde com ódio”, realçando que “o Senhor hoje clama aos nossos corações, sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”.
Segundo o padre Joaquim Ganhão “não há outro caminho, se não o caminho do exagerado amor até ao fim, que é o amor de Deus derramado em nós e encarnado em nós, hoje, nesta circunstância concreta da nossa vida e da nossa história”.
“É preciso abrir as portas, e reconhecer que o outro não é nosso inimigo, não é nosso rival, é nosso irmão, com quem temos de construir a história, contruir a paz, e é um trabalho exigente”, assinalou.
Sublinhando que “estamos a braços com uma guerra que nos implica a todos”, o sacerdote convidou os presentes a rezarem pela paz, pelo fim da guerra na Ucrânia e em todos os lugares e pelas vítimas inocentes.
“A Virgem Peregrina vai ao encontro das comunidades fazendo um eco da Mensagem que aqui nos deixou Nossa Senhora, desde a primeira hora e, neste momento presente, é sem dúvida uma viagem muito importante, como mensageira da Paz, como mãe que convida os filhos à paz”, disse o sacerdote em declarações à comunicação social no final da celebração.
A Imagem n.º 13 é uma réplica da Imagem n.º 1, desenhada e concebida de acordo com instruções da Serva de Deus, Irmã Lúcia de Jesus, e coroada solenemente pelo arcebispo de Évora, em 13 de maio de 1947.
A deslocação até à Ucrânia surge após um pedido formal ao Santuário de Fátima pelo metropolita de Lviv, Ihor Vozniak, “para que possamos rezar, pedindo a sua proteção para que a paz regresse ao país”.
Desde o dia 21 de fevereiro que diariamente, e a pedido do cardeal D. António Marto, se estabeleceu uma corrente de oração a partir de Fátima pedindo o regresso da paz para a Ucrânia.
Além da oração do terço tem havido uma prece diária na oração dos fiéis em todas as missas.
O Santuário de Fátima vai acolher “35 refugiados da Ucrânia, na sua esmagadora maioria mulheres e crianças”, a pedido da Câmara Municipal de Ourém e da Comunidade Greco-Católica portuguesa.
Segundo informação divulgada pelo Santuário, além do “apoio para o alojamento temporário nas instalações do Santuário, a instituição irá desenvolver esforços, em articulação com as autoridades locais, no sentido do melhor encaminhamento destas famílias para situações mais estáveis de permanência no país, nomeadamente, ajudando no acesso a documentação, escolaridade, saúde e emprego”.