Fernando Medina negou esta quinta-feira ter sido o “mandado” de António Costa para criticar José Sócrates e as declarações que fez à saída do tribunal, depois da leitura da decisão instrutória do caso Operação Marquês.
Na entrevista que concedeu à TVI, na noite de quarta-feira, Sócrates insinuou que Fernando Medina tinha sido apenas o mensageiro da direção do PS.
Durante o debate com Fernando Taborda, na Renascença, Medina rejeitou essa ideia.
"As declarações que fiz resultam de um ato de reflexão, de consciência e comprometem-me a mim exclusivamente, como responsável político, como responsável que tem intervenção pública regular e de quem sente que tem uma obrigação de cidadania para com a sua cidade, o seu país e digo em cada momento aquilo que em consciência entendo dever dizer", afirmou.
"O que me motiva foi aquilo que todos assistimos na Sexta-feira, com aquela sucessão de eventos à saída do Tribunal, num processo e num momento que foi muito marcante, muito penoso para o país assistir a todo aquele processo, entendi que era o momento de dizer aquilo que considero fundamental".
O presidente da Câmara de Lisboa considera que o processo que envolve José Sócrates “afeta a relação de confiança das pessoas naqueles que elegem” e pede a recuperação em Portugal de “um sentido de ética republicana no exercício das funções e de confiança nessa ética republicana. Creio que este caso mostra a importância disso, até como elemento fundamental para evitar os extremismos.”
Ao longo desta entrevista Medina diz ainda desconhecer a que se refere Carlos Carreiras ao dizer que, “em estreita colaboração com o Governo”, garantiu a cedência da patente de uma vacina para produzir na área de Lisboa.