Magalhães e Silva, advogado de Lacerda Machado, considera que a Operação Influencer não tem pernas para andar, afirma que “este processo acabou aqui” e acusa o Ministério Público (MP) de "show off".
“É uma decisão que põe fim a um delírio do Ministério Público”, afirmou o advogado no Campus da Justiça depois de o juiz de instrução deixar sair cinco arguidos em liberdade e de deixar cair o crime de corrupção e de prevaricação.
"O caso deixou o país uma semana em alvoroço, cai o Governo, há acusações fortíssimas de vários crimes e pesados contra várias pessoas, depois chega ao fim e há um tráfico de influências e uma obtenção indevida de vantagem. E os fortíssimos indícios de tráfico de influências, vale a pena reduzir isso ao que é. O que está em cima da mesa é haver a apresentação da parte de Lacerda Machado de algumas pessoas a outras pessoas”, argumentou Magalhães e Silva.
O advogado de Lacerda Machado considera que "a Procuradoria-Geral da República já deveria ter tirado consequências há muito tempo, há anos, mas continua a não tirar".
"Há erros graves e de organização do Ministério Público e continua a não haver nem instruções nem diretivas da PGR para reconduzir o MP a um modelo garantístico e eficaz", acusou.
Já o advogado Tiago Félix da Costa, advogado de Rui Neves, administrador da empresa Start Campus, declarou que a “falta de indícios” levou à queda do crime de corrupção.
À saída do Campus da Justiça, em Lisboa, o advogado fala num derrota para o Ministério Público.
“O Ministério Público reconheceu que sobre Rui Oliveira Neves o crime de corrupção não estava fortemente indiciado. O juiz confirmou em relação aos restantes arguidos”, declarou Tiago Félix da Costa.
“Acho que este processo é um bom prenúncio para se fazer um reflexão profunda sobre a Justiça", declarou.