Pelo menos 26 cristãos coptas morreram e igual número ficaram feridos num ataque a uma caravana de automóveis, em Minya, no Sul do Egipto.
O número de mortos tem variado consoante as fontes, com o governador a falar de apenas 23, mas a Reuters cita fontes médicas que falam de 26 vítimas mortais. Segundo algumas fontes coptas nas redes sociais, há crianças entre as vítimas.
O grupo dirigia-se ao mosteiro de São Samuel, o Confessor quando homens armados emboscaram os veículos, atacando-os com armas automáticas e massacrando os ocupantes. Testemunhas citadas pelo Ministério da Saúde dizem que eram cerca de oito ou dez terroristas e que estavam a usar fardas militares.
Os peregrinos estavam em dois autocarros e um camião.
Este atentado marca o primeiro dia do Ramadão, mês santo para os muçulmanos, que normalmente leva a um aumento de ataques por parte de fundamentalistas.
Os cristãos do Egipto, conhecidos como coptas, são a maior comunidade cristã de todo o mundo árabe. Não há números fidedignos, mas estima-se que existam entre oito a dez milhões de cristãos neste país, o que constitui cerca de 10% da população. Existe um número significativo de cristãos na província de Minya, onde se deu o ataque.
Historicamente os coptas sempre se queixaram de discriminação e perseguição às mãos da maioria muçulmana, mas os casos de violência têm aumentado de intensidade nos últimos anos, sobretudo desde que o Governo da Irmandade Muçulmana foi derrubado pelo general Sisi, com o apoio dos líderes cristãos.
Em Dezembro um atentado matou 29 pessoas numa Igreja e em Abril um atentado duplo causou 45 mortos em Alexandria e no Cairo. Pelo meio, uma vaga de assassinatos levou à fuga em massa de cristãos a residir no Sinai.
O Papa Francisco esteve recentemente no Egipto, onde prestou homenagem aos mártires.
[Notícia actualizada às 13h03]