Uma iniciativa que marca a Convenção da Iniciativa Liberal. Às 9h00, José Cardoso, um dos três candidatos, desafiou os restantes a que seja feita uma segunda volta, caso não exista uma maioria na primeira, de mais de 50%.

“O objetivo é garantir que quem sai como presidente tenha mais condições, mais legitimidade. Uma segunda volta daria mais democraticidade e energia”, justifica o conselheiro nacional e último a apresentar-se na corrida à liderança.

No entanto, a proposta nem sequer foi votada, tendo sido rejeitada por ir contra os estatutos da Iniciativa Liberal. “É preciso respeitar as regras”, esvaziou a presidente da Mesa da Convenção, Mariana Leitão.

A Convenção vai juntar cerca de 2.300 membros – dos cerca de sies mil que militam na Iniciativa Liberal- para escolher o sucessor de João Cotrim de Figueiredo. O ainda líder, à chegada do Centro de Congressos de Lisboa defendeu que o partido precisa de “um novo ímpeto” e garantiu que haverá paz no partido depois da disputa interna.

Os trabalhos atrasaram-se quase duas horas, por “falta de quórum”, e só depois das 11h00 foi possível arrancar.

Carla Castro com um grau de confiança “muito alto”

Depois de José Cardoso e de João Cotrim de Figueiredo, chegou Carla Castro - deputada da IL e candidata à liderança.

A segunda volta não é permitida, segundo os estatutos do partido, mas mesmo se fosse, Carla Castro diz que não precisaria dela: “Eu vim aqui para ganhar à primeira volta e é esse o espírito com que estamos, mas nós estamos disponíveis para conversar sobre segunda volta”, defendeu.

Assumiu-se com um grau de confiança “muito alto” para bater os adversários e tornar-se a primeira mulher a liderar a Iniciativa Liberal.

Sobre a paz interna, a deputada foi lacónica, dizendo que nos últimos dias tem sido “muito clara sobre a necessidade de unificação do partido”. Entre os liberais promete-se baixar as armas na segunda-feira e evitar guerras fratricidas.

Rui Rocha acarinhado e “absolutamente confiante”

Em matéria de confiança, sobra a dúvida de qual dos dois principais candidatos está à frente. Rui Rocha clarificou que está “absolutamente confiante” de que vai vencer e, de bom humor, disse que vai até às “15 voltas” se isso for preciso.

À chegada ao Centro de Congressos de Lisboa foi recebido em festa por vários membros do partido, festa que se repetiu quando entrou no pavilhão que vai receber a Convenção.

Rui Rocha, que é apoiado pelo antigo líder, João Cotrim de Figueiredo, sublinhou também a importância de o partido se pacificar depois das eleições internas. O deputado acredita que os membros têm de estar “unidos para uma IL mais forte”, justificando que só assim é possível “combater a evidente degradação da governação socialista.