Subiu para 18 o número de vítimas mortais na sequência dos incêndios na Austrália, que tiveram início em setembro. Há ainda 18 pessoas desaparecidas, segundo fonte oficial citada pela agência Reuters.
Cerca de 50 mil pessoas estão sem eletricidade, em Nova Gales do Sul, e algumas cidades sem acesso a água potável, adiantou em conferência de imprensa o primeiro-ministro australiano, que apela à ordem e à calma.
“Nesta altura, a prioridade é combater os incêndios, evacuar e levar as pessoas para locais seguros”, disse Scott Morrison.
“Há regiões dos Estados de Victoria e Nova Gales do Sul que foram completamente arrasadas, com cortes de energia e comunicações”, acrescentou.
Esta quinta-feira, um navio da marinha australiana chegou a Mallacoota, uma pequena cidade no leste de Victoria, onde cerca de quatro mil pessoas se encontram refugiadas numa praia, desde segunda-feira. Espera-se que na primeira viagem sejam resgatadas mil pessoas.
A autarca de Nova Gales do Sul declarou estado de emergência na região, que se deverá prolongar durante sete dias, com início na próxima sexta-feira.
“É um inferno na Terra. O pior incêndio que já alguma vez vimos”, relatou à agência Reuters Michelle Roberts, residente em Mallacoota.
Para além da operação marítima, foram ainda enviados cinco helicópteros militares para auxiliar ao resgate de feridos, idosos e crianças.
As autoridades apontam para um agravamento de risco de incêndio no próximo sábado, com previsões de uma subida da temperatura, que deverá ultrapassar os 40.º graus.
Cerca de cinco milhões de hectares de terra arderam e mais de 1.300 casas foram destruídas.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, já advertiu que a crise pode durar meses.
O fumo dos incêndios colocou a qualidade do ar na capital, Camberra, como a pior do mundo no primeiro dia de 2020.
Imagens de satélite divulgadas pela NASA mostram a evolução dos incêndios em Nova Gales do Sul, desde 7 de Novembro.