No habitual espaço de comentário na Renascença, Fernando Medina admite como “natural” a não reabertura dos centros comerciais em Lisboa, uma vez que se trata de áreas de “fruição e de grande concentração de pessoas”, sendo “natural que se possa ir por aí”.
O autarca de Lisboa sublinhou que o Governo tem todas as informações para tomar uma medida que poderia constituir “uma sinalização de alerta e de prudência, até para que a autoridade de saúde possa seguir todos os casos que estão a ser rastreados”.
Apesar o aumento de casos de contágio pelo novo coronavírus na capital e municípios vizinhos, Fernando Medida exclui a possibilidade do isolamento de concelhos localidades.
“Não creio que se vá para medidas do tipo ‘cercas sanitárias’. Não é isso que está em causa”, declarou o presidente da Câmara de Lisboa, porque “a realidade é que há polos localizados em unidades industriais e determinadas zonas residenciais muito concentradas”.
Governo hesitante
No mesmo espaço da Renascença, João Taborda da Gama defende que o país parece não estar preparado para o óbvio: havendo desconfinamento, vai haver novas infeções.
Na sua opinião, o Executivo fez circular, até através do PSD, “a ideia de que ao primeiro susto volta tudo para trás, um tipo de posicionamento que pode custar muito caro a todos”.
O comentador recomenda ao Governo que atue “com determinação no desconfinamento e com determinação sobre os focos concretos”.
O Conselho de Ministros vai reunir-se esta sexta-feira para fazer o balanço das medidas da segunda fase de desconfinamento e tomar decisões relativamente à terceira fase.
A nova fase acontece a 1 de junho. Devem reabrir as Lojas do Cidadão, centros comerciais, cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos. Os mais novos também podem voltar a frequentar os jardins de infância.