“Nesta assembleia sinodal, a prioridade é a da escuta”, disse esta quarta-feira o Papa Francisco no arranque dos trabalhos do Sínodo, que se prolongam no Vaticano até 29 deste mês de outubro.
O Santo Padre apelou ao discernimento, porque “é o Espírito Santo que toma conta da Igreja e cria a tão desejada harmonia”.
Depois, pediu encarecidamente a todos os participantes: “por favor, não alinhem em mexericos, não entristeçam o Espírito Santo e saibam discernir as vozes mundanas, porque a maior doença da Igreja é a mundanidade espiritual”.
“A Igreja é uma harmonia de vozes, com diversas particularidades. E se, porventura, não estás de acordo com o que diz aquele bispo, sacerdote, freira ou leigo, diz-lhe cara-a-cara. É para isso que há um sínodo”, afirmou o Papa.
Francisco também deixou um recado aos profissionais da comunicação que têm protestado por haver poucos momentos previstos na agenda para encontros públicos com os media: “É preciso uma ascese – desculpem-me se falo assim aos jornalistas – é preciso um certo jejum da palavra pública para salvaguardar isto”.
O Papa acrescenta que “alguns dirão que os bispos têm medo e é por isso que não querem a participação de jornalistas. Não, o trabalho dos jornalistas é muito importante, mas a nossa prioridade não é falar, é escutar”.
Por isso, “agradeço que nos ajudem a todos nesta pausa da Igreja. É uma pausa para toda a Igreja em escuta. Esta é a mensagem mais importante”, concluiu o Santo Padre.