O Governo venezuelano fixou os preços de 25 produtos alimentares básicos, incluindo produtos que escasseiam no país e que passam a ter um custo ligeiramente inferior aos praticados no mercado negro, onde estão disponíveis.
Os novos preços "devem ser exibidos em todos os estabelecimentos comerciais", lê-se no decreto publicado na Gazeta Oficial, precisando que quem não cumprir com os preços será alvo de sanções que vão de multas pecuniárias a encerramento dos estabelecimentos comerciais.
O decreto regula os preços do atum em lata, carne de vaca, ovos, mortadela, sardinha fresca e em lata, leite pasteurizado, frango, manteiga, ervilhas, lentilhas, feijão, grãos, óleo comestível, arroz, açúcar, café moído, farinha de milho pré-cozido, farinha de trigo para uso familiar e para panificação, maionese, margarina, massa, molho de tomate e sal.
"Alguns dos novos preços estão ligeiramente inferiores aos dos vendedores informais, entre eles os do cartão de ovos, mas o da carne de vaca está muito abaixo. No fim de semana paguei o equivalente a 120 bolívares soberanos por um quilograma de carne (1,72 euros) e foi fixado em 90 (1,29 euros)", explicou um comerciante à agência Lusa.
O valor de câmbio dos produtos é agora feito à luz da nova taxa de câmbio de 69,60 Bs.S por cada euro, tendo em conta que na semana passada a cotação oficial passou de 33,64 Bs.S para 46,4 Bs.S e daí para o valor atual, enquanto no mercado paralelo o euro ronda os 82,65 Bs.S.
Os empresários temem que a fixação de preços volte a fazer que desapareçam do mercado local e que aumentem de valor no mercado negro.