O Presidente do Brasil, Lula da Silva, está com uma taxa de aprovação de 41%, dois meses e meio após assumir o cargo, o que compara com 34% de Jair Bolsonaro no mesmo período, segundo uma sondagem do Ipec divulgada este domingo.
Segundo o estudo, publicado no jornal O Globo, e citado pela agência Efe, 41% dos brasileiros aprovam o governo do líder progressista, 30% considera-o normal e 24% reprova-o.
Em março de 2019, com três meses de administração, o governo de Bolsonaro (extrema-direita) era qualificado como bom por 34%, como normal também por 34% e como péssimo por 24% dos inquiridos.
O inquérito divulgado este domingo foi feito a partir de duas mil entrevistas entre 2 e 6 de março em 128 municípios diferentes, tendo uma margem de erro de dois pontos percentuais.
Apesar dos bons índices de popularidade do líder do Partido dos Trabalhadores (PT), a popularidade de Lula ainda está longe da que tinha em 2003, quando assumiu o seu primeiro mandato (51% de aprovação) e em janeiro de 2007, no início do segundo mandato (49% de aprovação).
Segundo o Ipec, o atual índice de popularidade do líder progressista reflete o resultado equilibrado das eleições presidenciais de outubro, em que venceu Jair Bolsonaro por menos de dois pontos percentuais.
De acordo com a sondagem, grande parte dos que qualificam como "normal" o governo de Lula, diz ter votado em Bolsonaro, e entre os eleitores do líder de extrema-direita, 54% reprova a nova administração.
No mesmo inquérito, 51% dos brasileiros inquiridos descartaram que o antigo presidente Jair Bolsonaro tenha tido responsabilidade na tentativa de golpe de 8 de janeiro, promovida pelos seus seguidores.
Apesar de pouco mais de metade eximir de culpas o líder de extrema-direita, 22% considera que o antigo chefe de Estado tem que ser julgado e torná-lo inelegível em próximos atos eleitorais, pela sua responsabilidade nos atos golpistas.
O mesmo inquérito revela que 19% dos brasileiros considera que Bolsonaro deveria ser preso devido ao seu envolvimento no golpe. No dia 8 de janeiro, Bolsonaro já estava nos Estados Unidos, mas demorou a repudiar as invasões e comparou-os a outros atos promovidos pela esquerda.