Gouveia e Melo está em viagem no submarino Arpão para acompanhar a guarnição de 35 elementos numa das etapas da missão mar aberto, entre Cabo Verde e o Rio de Janeiro.
Ao que a Renascença apurou, o Chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA) embarcou no passado dia 18 de abril no Mindelo e está a cumprir uma viagem de 20 dias até chegar a terras brasileiras no próximo dia 7 de maio.
O Arpão tornou-se nestes dias o primeiro submarino português a cruzar a linha do Equador, colocando à prova a capacidade logística operacional da Marinha que o CEMA quis "verificar e acompanhar no terreno". À Renascença, fonte da Marinha adianta que Gouveia e Melo quis marcar presença não só neste momento histórico como para "dar apoio ao desempenho da guarnição".
Antes de ser Chefe de Estado Maior da Armada, Gouveia e Melo dedicou mais de quatro décadas da vida à Marinha, muitos deles como "submarinista". Foi chefe da Esquadrilha de Submarinos, a qual integrou entre setembro de 1985 e até 1992 . Navegou já nos submarinos Albacora, Barracuda e Delfim, exercendo diversas funções operacionais como oficial de guarnição e de comando.
Viaja agora a bordo do Arpão, um submarino mais evoluído do que os da sua época, construído entre 2007 e 2010 nos estaleiros em Kiel, na Alemanha, sendo o segundo dos dois submarinos da classe Tridente.
Este submarino, comandando pelo capitão de fragata Taveira Pinto vai realizar 2.500 horas de navegação e visitar dois continentes, cinco países: Cabo Verde, brasil, África do Sul, Angola e Marrocos, participando ainda nas comemorações do dia de Portugal na África do Sul.
O Arpão está a desenvolver ações de cooperação bilateral e diplomacia naval, no âmbito da iniciativa Mar Aberto, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, recolhendo informação sobre práticas ilícitas no Golfo da Guiné.